Não é algo fácil a se fazer, mas crianças e adolescentes que se comportam dessa forma tendem a seguir um padrão. Um dia estão bem, cooperam e agem normalmente. Em outros dias parecem estar contra você. É uma forma quieta de agressão que precisa ser reconhecida.
Algumas dicas para reconhecer quando os filhos apresentam comportamento passivo-agressivo.
Memória falha para assuntos do cotidiano ou atividades comuns do dia a dia. Faz promessas e raramente as cumpre.
Parece muito desorganizado, dá desculpas quando confrontado, mas sabe exatamente quando e onde estão suas coisas.
Ele pode tentar atrapalhar o que você tem a fazer e as obrigações do dia. Seja firme e diga que você vai fazer o que estava planejado.
Fica bravo ou demonstra sua raiva, nega quando perguntado ou vive reclamando da sua autoridade.
Desrespeita constantemente e ataca as fraquezas de outros, principalmente os mais próximos. Envolve-se em fofocas contra a autoridade.
Evita responder uma questão quando necessário, na hora necessária ou se comprometer com algo, age de maneira incerta, sem responder nada, e de forma vaga.
O que fazer?
Comportamento passivo-agressivo não é considerado uma desordem de personalidade ou doença mental. Mas é importante identificar os comportamentos agressivos, seja reação ao medo, ressentimento ou preguiça.
Não receie em conversar com os amigos e professores. Converse e ofereça ajuda. Se perceber que os comportamentos se acentuam, você poderá fazer um diário com datas dos acontecimentos para tentar identificar um padrão de comportamento e quais atividades são benéficas ou prejudicam.
Tenha certeza que você não está reagindo com desespero. Algumas dessas características podem acontecer a todo mundo. É a frequência exagerada delas que constitui preocupação.
Controle-se e não se permita brigar com seu filho.
Seja firme nos limites, mas seja compreensivo com as dificuldades. Ele pode ficar distraído fácil, e por exemplo, uma atividade que leve 5 minutos e ele faça em meia hora, você pode pedir que faça em menos tempo, e ser firme com ele, até que ele aprenda a fazer a atividade em menos tempo.
Aponte o comportamento de raiva na hora em que acontece de forma assertiva, tipo, “Parece que você está bravo comigo por lhe pedir isso?”. Isso o ajudará a confrontar a própria ação.
O comportamento passivo-agressivo pode ser mudado, mas exige muita paciência e disposição dos pais. Informe-se e procure tratá-lo de forma igual aos outros filhos. Caso se acentue e perca o controle, e precisar de ajuda, procure um terapeuta que poderá lhe orientar ao que fazer.